Pedro Marques Lopes: “Nunca houve tantas razões para fazer greve geral como agora”
No fim de semana, a CGTP e a UGT anunciaram uma greve geral para o dia 11 de dezembro e logo chegou a resposta do primeiro-ministro, acusando as centrais sindicais de estarem ao serviço do PCP e do PS, no exato momento em que se confirma que é com o Chega que a AD vai aprovar a revisão da legislação laboral, depois dela sair da Concertação Social. O governo afirma-se disposto a dialogar até ao fim, mas avisa que o fim não pode estar longe e garante que não cede nas traves mestras da sua proposta. Enquanto os portugueses, finalmente, tomam conhecimento da importância do que está a ser discutido no Código do Trabalho, nas presidenciais o candidato do Chega diz que quer o seu partido ao lado do governo neste dossiê, o candidato da IL diz que a flexibilização das leis laborais terá de acontecer e o candidato da AD pede mais diálogo e mais respeito pela UGT. Mais ou menos o mesmo é o que defende o candidato apoiado pelo PS. Os candidatos à esquerda estão todos a favor da greve e o candidato sem partido defendeu que as mudanças na lei laboral têm de manter coesão social e admitiu até vetar politicamente este pacote legislativo se ele chegasse a Belém como está apresentado. Na Justiça, o processo que, na opinião da ministra da Justiça, é o exemplo de tudo o que pode correr mal foi para intervalo e a juíza avisa que há crimes de que é acusado José Sócrates que podem prescrever brevemente. Do Reino Unido e de Itália chegam más notícias para o jornalismo: demissões na BBC e despedimento numa agência de notícias. O Bloco Central tem moderação de Paulo Baldaia, numa conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Pedro Siza Vieira: “O governo tem razão na mudança da Lei do Tribunal de Contas e espero que o PS apoie”
Habituados a ter um dos melhores serviços de saúde do mundo, os portugueses levam muitos anos a estranhar que um país remediado como é o nosso não se mostre capaz de acompanhar o grau de exigência de uma população que envelhece ao mesmo tempo que cresce exponencialmente o custo do SNS. Até ao dia que quem manda é o ministro das Finanças. Não há, portanto, ministra ou ministro da Saúde que aguente muito tempo em estado de graça. Mas há, é claro, uns que se põem mais a jeito do que outros. Pelos pingos da chuva mediática vai passando a polémica relacionada com a vontade do governo de alterar a Lei Orgância do Tribunal de Contas, no sentido de acelerar a execução, colocando o Tribunal a julgar a posteriori e não com visto prévio como acontece actualmente. A presidente da Instituição discorda do caminho escolhido. A campanha das presidenciais vai prosseguindo a ritmo constante, mas morno sempre que desaparecem as venturices da política à portuguesa. Cotrim Figueiredo, no que as sondagens dizem ser um excesso de confiança, garante que vai passar à segunda volta, o que para acontecer significaria obrigatoriamente que ficava à frente de António José Seguro que, depois de receber o apoio do PS, tem recebido apoios da direita ao mesmo ritmo que camaradas do seu partido anunciam que vão votar noutro. A América foi a votos, elegeu o primeiro presidente da Câmara de Nova Iorque muçulmano, dois governadores norte-americanos e ainda aproveitou para mudar o mapa eleitoral da California e assim beneficiar os Democratas quando se votar para o Congresso no próximo ano. Trump perdeu e os Democratas ganharam em toda a linha. A questão agora é saber o que fazer com essas vitórias, porque não é certo que isto vá unir o Partido Democrata. O Bloco Central tem moderação de Paulo Baldaia numa conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Pedro Marques Lopes: “Leitão Amaro é o campeão das causas do Chega”
O Orçamento do Estado segue para a discussão na especialidade e a pré-anunciada viabilização por parte do PS retirou carga dramática à discussão e votação na generalidade. O que sobrou foi um aviso de Montenegro quer ao PS quer ao Chega: maiorias só se AD fizer parte, por isso, é melhor esquecerem a ideia de um aumento extraordinário para as pensões mais baixas. Vale a pena lembrar igualmente que, adiamento atrás de adiamento, a fazer pensar numa teoria da grande coincidência, a Lei da Nacionalidade foi aprovada no mesmo dia que o Orçamento. É também uma coincidência, neste caso, uma infeliz coincidência que esta legislação tivesse sido aprovada pela AD e pelo Chega com Ventura a colocar cartazes na estrada ostracizando os imigrantes do Bangladesh. Numa semana de grandes teorias, ganhou particular destaque o ministro Leitão Amaro ao acusar o Partido Socialista de pretender levar a cabo uma reengenharia demográfica e política. Na cabeça do número dois político do governo aterrou, sabe-se lá vinda de onde, a ideia de que o governo do PS abriu a porta a um milhão de imigrantes, para depois os naturalizar e ganhar eleições com o apoio deles. Como Ventura está em todo lado, também esteve na SIC para uma entrevista onde repetiu a tese de alguns taxistas segundo a qual este país já só se endireita com três Salazares. Neste país que se não existisse tinha de ser inventado, a conversa faz-se entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Pedro Siza Vieira: “O Chega lança umas migalhas e Passos Coelho vai comer com medo de ficar sozinho”
Esta é a semana em que as presidenciais entraram definitivamente na agenda. Agora, é mesmo verdade, da próxima vez que formos votar é para escolher o Presidente da República. É também uma semana em que se confirma, uma vez mais, que o Chega põe e dispõe da agenda da direita, na expressão feliz do jornalista Rui Pedro Antunes: “André Ventura pôs a AD e a IL entre a burca e a parede”. Com as eleições autárquicas realizadas, lá apareceu o relatório preliminar sobre o acidente no elevador da Glória. Tinha sido anteriormente noticiado pelo Expresso que o cabo usado a ligar os dois veículos não era apropriado para o efeito, o relatório confirma e acrescenta que houve relatórios de inspecção e manutenção que, simplesmente, não correspondem à verdade. A reacção inicial, quer da Câmara de Lisboa quer da administração da Carris, foi sacudir a água do capote mas, no fim do dia, Moedas fez o mínimo que podia fazer, que era anunciar que não vai reconduzir a actual administração da empresa. Sobre a morte de Francisco Pinto Balsemão, autonomizamos a parte inicial do Bloco Central em que falamos da importância para o país do legado que nos deixa o político, o jornalista e o empresário. Se ainda não ouviu, pode ouvir o episódio autónomo lançado ontem. A moderação da conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira foi de Paulo Baldaia e a sonoplastia de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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53:02
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Pedro Marques Lopes: “Balsemão teve um papel vital na democracia portuguesa, como político e como jornalista”
Esta é uma semana em que se destaca a palavra liberdade. A liberdade de expressão e de informação à qual Francisco Pinto Balsemão dedicou a vida. Com ela se fez o slogan do Expresso: “Liberdade para Pensar”, sem amarras ao politicamente correcto, mas também sem nunca prescindir de uma defesa apaixonada pelos valores da Democracia. Começou a defender um jornalismo livre ainda no tempo da ditadura e assim se manteve até ao ultimo dia da sua vida. Francisco Pinto Balsemão morreu no dia 21 de Outubro com 88 anos. Este episódio extra do Bloco Central, sobre o legado de Francisco Pinto Balsemão, tem a moderação de Paulo Baldaia, numa conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com sonoplastia de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia. Quinze anos depois da estreia na TSF, os episódios passam a sair à quinta-feira, dia de Conselho de Ministros, no Expresso. A fechar, e como sempre, o bloco central de interesses, com sugestões para as coisas importantes da vida.