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Crônica semanal de geopolítica internacional. Os fatos que são notícia no mundo analisados por Thiago de Aragão, direto dos Estados Unidos, e Flávio Aguiar, da ...
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  • A surpreendente crise da economia alemã seria a nova vilã da Europa?
    Durante décadas a Alemanha foi a cereja do bolo na economia europeia. Seus pilares eram uma grande estabilidade monetária com um mínimo de inflação, um sistema de transporte muito eficiente, um padrão de consumo interno alto e estável, uma pauta de exportações e importações de alto padrão e ainda um equilíbrio político considerado inabalável, com a alternância ou combinação entre social-democratas, verdes e as uniões cristãs, a social da Baviera e a democrata do resto do país. Flávio Aguiar, analista políticoCom tais predicados, o governo de Berlim se tornou o fiel da balança da União Europeia e do continente como um todo, exercendo uma parceria sobretudo com Paris. Ao mesmo tempo, se revelou o carro-chefe da economia continental, graças à sua variada pauta de importações e exportações.Dos dez países que mais importam da Alemanha, oito são europeus - os outros dois são a China e os Estados Unidos. O mesmo se aplica às exportações. A economia continental europeia está presa à alemã como um comboio em uma locomotiva. Ou um peixe no anzol?De repente, não mais que de repente, este belo edifício mostrou rachaduras nos alicerces, e hoje ameaça ruir, arrastando o continente inteiro. A inflação subiu meteoricamente, de quase 0% para cerca de 10% ao ano, em média, com alta de 20% no setor de alimentos, e de 40% do na energia. A demanda interna caiu, a externa balançou perigosamente com as oscilações da economia chinesa e a pressão protecionista dos Estados Unidos.A indústria alemã, setor estratégico das exportações e importações, sobretudo de veículos, auto-peças e acessórios, de produtos farmacêuticos, artefatos elétricos, aviões e helicópteros, além de outros, entrou em depressão. No começo de 2023, o FMI previu uma retração de 0,1% na economia do país. Depois aumentou a cariação para 0,2%, e agora a estimativa está em 0,4% negativo.Como assim? O que aconteceu? As respostas são várias e variadas, mas há alguns pontos de convergência.Alimentação e energiaEm geral, as consequências da guerra na Ucrânia são apontadas como o principal fator inflacionário, sobretudo nos setores já em destaque: alimentação e energia. Com a redução das importações de grãos e óleos da Ucrânia, o preço de produtos agrícolas foi para as nuvens.A indústria alemã também dependia fortemente das importações de gás russo, e, com as sanções econômicas impostas ao país, Moscou apertou a torneira do fornecimento. Além disso, os gasodutos que ligavam os dois países sofreram atentados até hoje sem explicação oficial. As previsões parecem ter subestimado as consequências do incidente, e o efeito imediato sobre a indústria alemã foi muito pesado.Há outros fatores menos evidentes entre as raízes da crise. A pandemia atingiu duramente o comércio, provocando o fechamento a princípio de pequenas lojas e logo depois também de alguns grandes estabelecimentos, em função inclusive do aumento exponencial de compras pela internet, que permanecem em alta. As reformas de inspiração neoliberal implementadas no começo do século, com o aperto nos investimentos sociais e a compressão das aposentadorias, começam a cobrar seu preço, diante de uma população cujo envelhecimento cresce a olhos vistos.Extrema direitaPara completar este quadro sombrio, as intenções de voto no partido Alternative für Deutschland, AfD, de extrema direita, anti-União Europeia, ameaçador para imigrantes e refugiados, crescem assustadoramente, sobretudo nos estados da antiga Alemanha Oriental e entre os jovens, região e faixa etária mais duramente atingidos pelo desemprego e pela queda do poder aquisitivo.O AfD está em segundo lugar nas pesquisas, atrás apenas da democrata CDU, que, pressionada pela deserção de eleitores, vem tornando seu programa cada vez mais conservador. Não há risco imediato para as instituições democráticas da Alemanha, mas já há coriscos e trovoadas na linha do horizonte.As previsões e declarações mais otimistas arrefeceram. A guerra se prolonga, e a recessão alemã veio para ficar, afetando o continente inteiro. A questão mais relevante hoje é o quanto esta crise vai durar. E até o momento nenhuma bola de cristal de economista, de político, jornalista, banqueiro, agente financeiro, sindicalista, etc., arrisca seu pescoço em uma previsão.
    18/9/2023
  • Biden consolida influência americana na Ásia na cúpula do G20
    O panorama geopolítico do Ásia-Pacífico tem sido palco de intensas movimentações estratégicas por parte dos Estados Unidos. Durante a recente cúpula do G20 na Índia, o presidente norte-americano, Joe Biden, posicionou-se como um contraponto à crescente influência da República Popular da China.  Thiago de Aragão, analista políticoA aproximação dos EUA com o Ásia-Pacífico não é um fenômeno recente. Foi inicialmente evidenciada com a política de “Pivô para a Ásia”, em 2012, sob a administração de Barack Obama. A ênfase nessa região foi continuada por Donald Trump, que adotou a perspectiva de um “Indo-pacífico livre e aberto”, atribuindo à Índia um papel estratégico significativo. Embora o presidente Biden siga os passos de seus antecessores, ele se destaca por sua proatividade notável. Sua atuação é marcada pela participação direta em eventos significativos na Ásia e pelo fortalecimento de alianças regionais, refletindo um compromisso renovado dos EUA com a região.Estratégias de Biden na ÁsiaNa ausência de representantes chineses e russos na cúpula do G20, Biden aproveitou para consolidar importantes alianças, dando ênfase à coalizão Aukus e revitalizando a Quad. Seu objetivo primordial é ampliar a influência americana na Ásia, apresentando-se como alternativa ao projeto chinês da Rota da Seda. Esta estratégia envolve acordos que abrangem setores vitais, como ferrovias, portos e conexões energéticas.Visitas Diplomáticas e AliançasA dedicação de Biden à Ásia é evidente em suas viagens diplomáticas. Em maio de 2021, ele se encontrou com líderes aliados, como aqueles da Coreia do Sul e Japão. No ano seguinte, participou da Cúpula da ASEAN no Camboja e do G20 na Indonésia, reforçando o compromisso dos EUA com a região.No contexto de segurança, Biden tem dado prioridade às coalizões denominadas “minilaterais”. Caracterizadas por sua flexibilidade, essas coalizões têm objetivos estratégicos bem definidos. O Aukus, formado em 2021 entre Austrália, Reino Unido e EUA, destaca-se nesta categoria, resultando em iniciativas como o fornecimento de submarinos nucleares à Austrália. Além disso, Biden revitalizou a Quad e promoveu um acordo trilateral de segurança com Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, solidificando ainda mais a rede de alianças norte-americanas na região.Em resumo, a estratégia de Biden no Ásia-Pacífico reflete um compromisso profundo e renovado dos Estados Unidos com a região, buscando equilibrar o poder e influência em um cenário geopolítico em constante evolução.
    11/9/2023
  • Alta de 100% do preço do azeite espelha "mudanças dramáticas" na Europa
    O aumento estratosférico do preço do azeite de oliva nos supermercados é global. Na Europa, o produto subiu 100%, impactando a economia de três grandes produtores europeus: Espanha, Itália e Grécia. A inflação não é a única responsável pela alta dos preços. Flávio Aguiar, analista políticoRecentemente, a imprensa relatava que muitos consumidores brasileiros estão espantados diante do aumento estratosférico do preço do azeite de oliva nos supermercados. Na Europa ocorre o mesmo espanto, num momento em que a espiral inflacionária corrói o poder aquisitivo dos consumidores em todos os países, notadamente o daqueles do andar de baixo da pirâmide social.Se ultimamente a inflação dos alimentos passou dos 20% anuais na maioria dos países europeus, a do azeite de oliva foi superior aos 100%.O impacto dessa alta na economia, e mesmo na culinária global, é pequeno. O azeite é responsável por apenas 2% do consumo de óleos comestíveis em escala mundial. A fatia maior fica com seus primos, os óleos de soja, canola, milho e girassol.Entretanto, o peso do produto na economia dos três maiores produtores e exportadores do azeite é enorme. Espanha, Itália e Grécia são responsáveis por 66% da produção mundial. Além disto, é um elemento fundamental da economia de Portugal. "Ouro líquido"Na maior produtora, a Espanha, se diz  que a região da Andaluzia está para o azeite assim como a Arábia Saudita está para o petróleo. Aliás, algum tempo atrás o litro do azeite valia em média cinco vezes o litro do petróleo; agora vale dez vezes. Na Espanha é chamado de “ouro líquido”.Qual a principal causa deste aumento vertiginoso? Produtores, técnicos e economistas são unânimes: a escassez do produto, determinada pelas prolongadas secas dos últimos tórridos verões que assolam o continente europeu. Por trás de tudo, assoma o fantasma do aquecimento global.Em um ano, entre 2022 e 2023, a produção de azeite caiu 20% na Europa. Os fornecedores se voltaram para produtores alternativos, como Turquia, Tunísia, Marrocos e Argélia. Mas a queda da produção e a escassez do produto impuseram limites mais rígidos às exportações destes países, em alguns casos chegando à proibição.Se a participação do azeite de oliva na economia global e europeia é menor, o mesmo não se pode dizer de seu valor simbólico e cultural, intimamente associado à história e a civilização do continente, embora sua fonte originária seja na Ásia Menor, mais precisamente na Anatólia, cujo território pertence hoje maioritariamente à Turquia, e também na Pérsia e na Mesopotâmia.O azeite de oliva foi largamente utilizado na Grécia e na Roma antigas, na cozinha, no tratamento do corpo e até na iluminação. Seu uso em rituais religiosos remonta a milênios antes de Cristo e foi potenciado pelo judaísmo e o cristianismo.Hoje, além de ser utilizado em produtos cosméticos, é parte essencial da chamada “Dieta Mediterrânea”, considerada a mais saudável da Europa, rica em legumes, verduras e peixes, num continente onde é frequente o abuso de gorduras, carnes vermelhas e embutidos.Mudanças dramáticasO caso do azeite faz parte da série de mudanças dramáticas que atingem hábitos, costumes e a paisagem física e cultural da Europa.Um outro exemplo: no verão europeu, ouvem-se cada vez mais crianças dizendo às mamães que não querem "ficar em casa”. Por quê? Porque em grande parte da Europa as casas e os prédios foram feitos para guardar, ao invés de dissipar o calor. Resultado: na onda de calor geral, as moradias se transformam em verdadeiras saunas de grande porte.Uma outra área onde as mudanças são perceptíveis no continente é a política. A já citada Andaluzia espanhola sempre foi considerada como um reduto da centro-esquerda, do Partido Socialista Obreiro da Espanha. Os últimos resultados eleitorais registraram a queda da sigla, em favor dos partidos de direita, o Partido Popular e o Vox, este último autoproclamado herdeiro da tradição falangista e ditatorial de Francisco Franco.
    4/9/2023
  • Ron DeSantis acumula erros nas primárias republicanas e vira meme nos EUA
    Ron DeSantis, governador da Flórida e candidato presidencial pelo Partido Republicano americano, é um exemplo para todos que desejam entender como não se deve gerir uma campanha presidencial. Não se trata apenas de um candidato com um desempenho abaixo do esperado. No caso de DeSantis, chega a ser patética sua postura em relação a inúmeros temas de alta importância para os americanos.  Thiago de Aragão, analista políticoO lançamento oficial da campanha de DeSantis, em maio, pelo Twitter, foi recheado de falhas técnicas, a ponto de ninguém conseguir ver ou ouvir nada do que estava sendo falado. Comparado com o lançamento de outras campanhas presidenciais, a dele ficou registrada como uma das piores. No entanto, o pior ainda estava por vir. DeSantis lançou um novo programa escolar para as escolas da Flórida, que entre muitas coisas, ensinava que os negros americanos ”se beneficiaram da escravidão, pois aprenderam inúmeros talentos diferentes”. Isso levou a uma queda considerável no número de doadores para a campanha do republicano. Em um dos vídeos de campanha, desta vez com foco contra homossexuais, DeSantis aparece soltando raios laser pelos olhos contra homens musculosos e sem camisa. Além de patético, o vídeo foi criticado por inúmeros republicanos, tanto na Flórida como em outros estados americanos.Ações controversas e postura ineficazRon DeSantis demonstra claramente a sua incapacidade para a liderança presidencial com suas ações controversas e postura ineficaz. O desrespeito manifestado por ele em relação a importantes questões sociais e raciais, como evidenciado pelo conteúdo inaceitável do seu programa escolar, aliena um amplo espectro de potenciais eleitores e prejudica a sua reputação perante o eleitorado.Além disso, a gestão ruim, desde as falhas técnicas no lançamento até a criação de vídeos ofensivos, indica uma falta de competência para gerir campanhas eficazes. Essas falhas, aliadas a uma postura que muitos consideram insultuosa e desrespeitosa, tornam DeSantis um candidato presidencial inviável.Donald Trump, provável nome dos republicanos nas eleições presidenciais americanas de 2024, segue como uma liderança quase incontestável dentro do partido. DeSantis acreditou que, devido ao fato de Trump ser perdoado pelos republicanos a cada fala desastrada ou comportamento reprovável, teria o mesmo tratamento.Vários candidatos republicanos, como Nikki Haley, por exemplo, tentam manter um comportamento ao menos normal em suas propostas e posicionamentos, na esperança de que, caso Trump derrote Joe Biden (o provável candidato democrata), um cargo interessante possa cair em seu colo. Antimanual de campanhaNo caso de DeSantis, cada bobagem dita (que choca até os republicanos) diminui consideravelmente a possibilidade dele ser um integrante chave no gabinete de Trump, caso esse eleito. Enquanto Trump é tratado como folclórico pelos seus adoradores, DeSantis gera um desconforto profundo. O seu comportamento pessoal tem se tornado meme e tem sido alvo de críticas constantes.Em suma, a campanha de Ron DeSantis para a presidência é um verdadeiro manual de como não conduzir uma corrida eleitoral. Ao invés de utilizar sua plataforma para promover políticas produtivas e coesas, DeSantis optou por abordar questões sociais de maneira controversa e ofensiva, alienando potenciais apoiadores e manchando sua reputação.Portanto, a menos que haja uma mudança significativa em sua abordagem, é improvável que ele seja considerado uma opção viável para a presidência.
    28/8/2023
  • Análise: a difícil devolução de peças espoliadas em guerras e invasões aos países de origem
    O recém-empossado presidente do Paraguai, Santiago Peña, pretende retomar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, as negociações para que se devolvam ao seu país troféus tomados durante a guerra no século XIX. O pedido envolve centenas de armas, bandeiras, estandartes, o arquivo militar e objetos pessoais do presidente paraguaio Solano Lopez. Flávio Aguiar, analista políticoNo passado já houve a devolução de alguns objetos tanto por parte do governo brasileiro quanto por parte dos governos do Uruguai e da Argentina, países que também participaram da guerra contra o Paraguai, devastado por ela.A peça mais importante do pedido que agora será reencaminhado é um canhão chamado de “El Cristiano”, que hoje está no pátio do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Ele tem este nome porque foi confeccionado com o bronze derretido de sinos das antigas missões jesuíticas no Paraguai.Esse tipo de devolução de objetos tomados por países, no mais das vezes conquistadores, de países no mais das vezes conquistados, vem se tornando cada vez mais comum, sobretudo na Europa.Na Alemanha, há a já veterana devolução de objetos artísticos tomados ou comprados a preço vil por oficiais e líderes nazistas de famílias judias assassinadas ou em fuga.Recentemente foram assinados protocolos de devolução de objetos daquele tipo por parte da Alemanha e da França à Nigéria e também à República dos Camarões, na África.A Alemanha se prepara para devolver ao Brasil um fóssil de dinossauro contrabandeado do Ceará. A França vai fazer o mesmo, devolvendo 611 objetos indígenas levados ilegalmente do Brasil.Nem sempre essas devoluções são tranquilas. Há quem alegue que esses países do antigo Terceiro Mundo não têm condições objetivas de salvaguardar tais objetos. Outros alegam que muitos deles foram comprados em transações legais e legítimas.Também se deve olhar com cautela a generosidade das devoluções. A Dinamarca vai devolver um manto sagrado dos tupinambá para o Brasil, que possui desde o século XVI ou XVII. Ótimo. Mas é um dos cinco que possui. Só há dez exemplares dessa peça notável no mundo. Todas estão na Europa, onde vão permanecer.Dos poemas de HomeroO caso mais espetacular nessa matéria é o do chamado “Tesouro de Príamo”, que o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann trouxe do que ele supunha ser a Troia dos poemas de Homero para Berlim, ao final do século XIX. Consta de inúmeras joias e outros objetos de valor que Schliemann pensava que pertenceram ao rei Príamo da legendária cidade tomada pelos gregos nos poemas de Homero.Críticos de Schliemann dizem que ele, usando pás e escavadeiras onde hoje os arqueólogos usam colherzinhas de chá e escovas de dente, mais destruiu do que achou. Dizem que ele conseguiu o que nem os piratas gregos conseguiram no poema de Homero: arrasar Troia de vez.Acontece que aqueles eram os métodos usados pela arqueologia do tempo, não apenas por Schliemann. Interessava conseguir o máximo num mínimo de tempo, e de gastos.De todo modo, acontece que Schliemann não era apenas um arqueólogo inexperiente. Era também um historiador ingênuo. Encarava os míticos poemas de Homero como se fossem modernos guias de viagem, tomando-os ao pé da letra.No fim da Segunda Guerra, os soviéticos levaram na surdina o “Tesouro de Príamo” para a Rússia. Durante décadas ele foi dado por perdido, até que em 1994 o Museu Pushkin, em Moscou, admitiu que o possuía.A Alemanha quer o espólio de volta. A Rússia se nega a entregá-lo, alegando que é uma compensação pelos danos praticados pelos nazistas em seu território.Mas… mais gente entrou na história. A Grécia alega que parte dos objetos do “Tesouro” foram obtidos na ilha de Micenas, não em Troia. A Turquia alega que a maior parte das escavações de Schliemann aconteceram em seu território. Até os descendentes do diplomata britânico Frank Calvert, que mostrou o sítio escavado ao arqueólogo amador, alegam que uma parte do espólio foi obtido numa antiga fazenda dele.Segundo a lenda, a guerra de Troia durou dez anos. A controvérsia jurídica em torno do “Tesouro” pode durar décadas ou centenas de anos.Voltando ao caso do canhão “El Cristiano”, melhor de fato seria devolvê-lo. A manutenção desses “troféus de guerra” ajuda a naturalizar a violência dos conflitos. Se fosse tecnicamente possível, o melhor mesmo seria refundi-lo a fim de reconstruir os sinos das antigas missões, que foram destruídos para que uma arma de guerra viesse a existir.
    21/8/2023

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Crônica semanal de geopolítica internacional. Os fatos que são notícia no mundo analisados por Thiago de Aragão, direto dos Estados Unidos, e Flávio Aguiar, da Europa. 
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